It’s important to understand COVID-19; Here’s what we know



Imagem: Ventilador de Código Aberto, Paquistão; Muhammad Umair

Epidemiologia da COVID-19

A pandemia da COVID-19 estourou desde que a doença foi identificada pela primeira vez na China em dezembro de 2019. Em 9 de dezembro de 2020, mais de 68 milhões de casos de COVID-19 já tinham sido registrados globalmente, incluindo mais de 1,5 milhões de mortes. Estima-se que cerca de 44 milhões de pessoas tenham se recuperado.[<a href=”https://coronavirus.jhu.edu/map.html”>1] Pessoas de todas as idades correm risco de contrair o vírus e desenvolver doença grave. ​ Entretanto, a probabilidade de complicações sérias e fatais da doença é maior em idosos com mais de 65 anos, bem como naqueles que vivem em instituições de longa permanência e casas de repouso. Outros que têm alto risco de contrair COVID-19 são pessoas de qualquer idade com doenças de base preexistentes, especialmente quando não estão bem controladas.[<a href=”https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32167524″>2,3]

Transmissão da COVID-19

O início e a duração da disseminação do vírus e o período de contágio não estão totalmente definidos. Indivíduos assintomáticos ou pré-sintomáticos infectados com COVID-19 podem ter o RNA viral detectado em amostras das vias respiratórias superiores antes do início dos sintomas.[<a href=”https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32105638″>4] Além disso, a transmissão de indivíduos assintomáticos já foi descrita.[<a href=”https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32141279″>5]

O tempo entre a exposição e o início dos sintomas normalmente é cerca de cinco dias, mas pode variar de dois a quatorze dias.[<a href=”https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/symptoms-testing/symptoms.html”>6] O vírus é transmitido principalmente entre pessoas durante o contato próximo, [<a href=”https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-coronaviruses”>7] frequentemente através de pequenas gotículas produzidas ao se tossir, espirrar ou falar.[<a href=”https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/prevent-getting-sick/how-covid-spreads.html”>8] Além disso, essas gotículas caem no solo ou em superfícies onde as pessoas também podem ser infectadas ao tocar uma superfície contaminada e, em seguida, tocar seu rosto, nariz, boca ou olhos.[<a href=”https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-coronaviruses”>9]

Gotículas respiratórias menores, conhecidas como aerossóis, podem permanecer suspensas no ar por um período maior de tempo e transmitir o vírus se forem inaladas por outras pessoas. Foram relatados casos de COVID-19 em ambientes fechados (como restaurantes, bares e locais de culto), onde as pessoas estavam gritando, falando ou cantando. Esses espaços provavelmente lotados e mal arejados facilitaram a disseminação de aerossóis contagiosos.[<a href=”https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-how-is-covid-19-transmitted”>10]

Parece que o vírus que causa a COVID-19 pode passar das pessoas para os animais em algumas situações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou anteriormente a infecção por COVID-19 em um tigre num zoológico em Nova Iorque depois que vários felinos grandes começaram a apresentar doenças respiratórias.[<a href=”https://www.aphis.usda.gov/aphis/newsroom/news/sa_by_date/sa-2020/ny-zoo-covid-19″>11] O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) sabe que há relatos de um pequeno número de animais de estimação, incluindo gatos e cães, infectados com o vírus que causa a COVID-19. Essas infecções ocorreram depois que os animais tiveram contato próximo com pessoas ativamente infectadas com COVID-19.[<a href=”https://www.maplespub.com/article/Coronavirus-SARS-CoV-2-COVID-19-and-Companion-Animal-Pets”>12] Os animais de estimação infectados podem apresentar os sinais da doença ou podem não apresentar quaisquer sintomas. Entre os animais de estimação infectados, a maioria apresentou apenas sintomas leves da doença e se recuperou totalmente.[<a href=”https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/daily-life-coping/pets.html”>13]

Quadro clínico da COVID-19

O espectro da doença da COVID-19 varia de infecção assintomática a pneumonia grave com síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e morte. Num resumo de 72.314 pessoas com COVID-19 na China, 81% dos casos foram descritos como leves, 14% como graves e 5% como críticos.[<a href=”https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32105632″>14] Os sintomas podem aparecer de 2 a 14 dias após a exposição ao vírus. Entre os sintomas mais comuns da COVID-19 estão: febre ou calafrios, tosse, falta de ar ou dificuldade para respirar, fadiga, dores no corpo, dor de cabeça, perda de paladar ou olfato, dor de garganta, coriza ou congestão nasal, náuseas ou vômitos, diarreia.[<a href=”https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/symptoms-testing/symptoms.html”>15] 

Os resultados laboratoriais comuns da COVID-19 incluem leucopenia e linfopenia. Outras anormalidades nos exames laboratoriais incluem níveis elevados de aminotransferase, proteína C reativa, Dímero-D, ferritina e lactato desidrogenase.[<a href=”https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7102608/”>16] Pacientes criticamente enfermos apresentaram marcadores inflamatórios elevados com risco aumentado de trombose (coágulos sanguíneos) secundário a um aumento de citocinas inflamatórias e ativação de fatores de coagulação.[<a href=”https://www.hematology.org/covid-19″>17]

As anormalidades na radiografia de tórax variam, mas normalmente revelam opacidades bilaterais e multifocais. As radiografias de tórax obtidas no início do curso da infecção podem não revelar alterações significativas.[<a href=”https://pubs.rsna.org/doi/10.1148/radiol.2020201365″>18] As anormalidades observadas na tomografia computadorizada (TC) do tórax também variam, mas tipicamente revelam opacidade em vidro fosco periféricas e bilaterais com o desenvolvimento de áreas de consolidação posteriormente durante o curso clínico.[<a href=”https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7141645/”>19]

Diagnóstico da COVID-19

O diagnóstico de um paciente com COVID-19 requer a detecção do RNA SARS-CoV-2 por transcrição reversa da reação em cadeia da polimerase (RT-PCR). A melhor detecção do DNA viral é obtida quando ele é coletado em amostras da nasofaringe em comparação com amostras da garganta. As amostras das vias respiratórias inferiores podem ter um rendimento melhor do que as amostras das vias respiratórias superiores. [<a href=”https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMc2001737″>20,21] A detecção do RNA do SARS-CoV-2 no sangue pode ser um marcador de doença grave. [<a href=”https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/22221751.2020.1732837″>22] 

A liberação do RNA viral pode persistir por períodos mais longos entre pessoas mais velhas e aquelas que tiveram doença grave que exigiu hospitalização.[<a href=”https://www.thelancet.com/journals/laninf/article/PIIS1473-3099(20)30232-2/fulltext”>23] Foram relatadas infecções tanto por SARS-CoV-2 como por outros vírus respiratórios, e a detecção de outro patógeno respiratório não exclui a COVID-19. [<a href=”https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/jmv.25781″>24]

Testes de antígenos para a SARS-CoV-2 foram recentemente autorizados. Essa nova categoria de testes pode detectar fragmentos de proteínas do vírus quando as amostras são coletadas de dentro da cavidade nasal. Esse tipo de teste foi desenvolvido para a identificação rápida da infecção aguda por COVID-19 e fornece resultados mais rápidos do que o método RT-PCR.[<a href=”https://www.fda.gov/news-events/press-announcements/coronavirus-covid-19-update-fda-authorizes-first-antigen-test-help-rapid-detection-virus-causes”>25] O teste de anticorpos está disponível para detectar uma infecção anterior por COVID-19. A maioria das pessoas produzirá anticorpos no período de 1 a 3 semanas após a exposição ao vírus, mas ainda não se sabe durante quanto tempo esses anticorpos permanecerão com a pessoa ou se eles oferecerão uma proteção futura contra uma reinfecção por COVID.[<a href=”https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/testing/serology-overview.html”>26]   

Tratamento da COVID-19

Os pacientes com uma apresentação clínica leve (sem pneumonia viral e hipóxia) podem não precisar de hospitalização, e muitos pacientes serão capazes de tratar a doença em casa. A decisão de monitorar um paciente em regime de internação ou ambulatorial deve ser tomada caso a caso.[<a href=”https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/clinical-guidance-management-patients.html”>27] Essa decisão dependerá da apresentação clínica, da necessidade de cuidados de suporte, dos fatores de risco de complicações e se o paciente é capaz de se auto-isolar em casa. Os pacientes com fatores de risco de doença grave devem ser monitorados de perto, dado o possível risco de progressão para doença grave durante a segunda semana após o início dos sintomas.[<a href=”https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2761044″>28,29]

Nenhum tratamento específico para a COVID-19 está aprovado atualmente pelo FDA; no entanto, de acordo com os dados preliminares de ensaios clínicos, o Painel de Diretrizes de Tratamento da COVID-19 (NIH) recomenda o antiviral em investigação remdesivir para o tratamento da COVID-19 em pacientes hospitalizados com doença grave (O2 ≤94% no ar ambiente) que requeiram o uso de oxigênio suplementar ou ventilação mecânica. O Remdesivir não é aprovado pelo FDA, e só está disponível através de uma autorização para uso emergencial do FDA, em ensaios clínicos, ou através de um programa de acesso emergencial para crianças e pacientes grávidas.[<a href=”https://trialsjournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13063-020-04352-9″>30][<a href=”https://www.fda.gov/media/137574/download”>31]

Embora os corticosteroides tenham sido amplamente utilizados em pacientes hospitalizados com doença grave na China[<a href=”https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2763184″>32], o benefício do uso de corticosteroides não pode ser determinado com base em dados observacionais não controlados. O uso de corticosteroides pode ser indicado por outras razões, como o manejo de doença pulmonar obstrutiva crônica ou choque séptico. [<a href=”https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/clinical-guidance-management-patients.html”>33] O Painel de Diretrizes de Tratamento da COVID-19 do Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) recomenda o uso de dexametasona para o tratamento da COVID-19 em pacientes que são ventilados mecanicamente e em pacientes que necessitam de oxigênio suplementar, mas que não estão em ventilação mecânica.[<a href=”https://www.covid19treatmentguidelines.nih.gov/immune-based-therapy/immunomodulators/corticosteroids/”>34]

Grande parte do manejo dos pacientes internados gira em torno do tratamento de suporte das complicações mais comuns da COVID-19 grave: pneumonia, insuficiência respiratória hipoxêmica/SDRA, sepse e choque séptico, cardiomiopatia e arritmia, lesão renal aguda e complicações por hospitalização prolongada, incluindo infecções bacterianas secundárias, tromboembolismo, sangramento gastrointestinal e polineuropatia/miopatia por doenças críticas. [<a href=”https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)30183-5/fulltext”>35,36,37,38]

Recursos Médicos

Informações para Profissionais de Saúde sobre o Coronavírus (COVID-19) (CDC)

Centro do ADA Coronavírus para Dentistas (COVID-19)(ADA)

Perguntas e respostas sobre (COVID-19) (OMS)

Doença do Coronavírus 2019 (COVID-19) (FDA)

FEMA Últimas atualizações sobre a COVID-19 por estado (FEMA – Agência Federal americana de Gestão de Emergências)

Visualização dos sintomas da COVID-19 ao longo do tempo, ~5 dias após a exposição

Aja

Voluntários de mais de 55 países, nos 6 continentes, produziram e distribuíram milhões de suprimentos médicos em resposta à pandemia da COVID-19. Você pode participar deste esforço para combater o vírus e retardar sua propagação.

Imagem: PUC Rio, Rio de Janeiro, Brasil; Marcelo Balisteri